sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quincas Berro D'água


Para mim não há nada igual as obras de Jorge Amado e a sua capacidade de nos transportar para o cenário da história como se fossemos parte da obra. Não sei se por morar na Bahia e relativamente perto da praia, o fato é que quando o leio sinto o cheiro da maresia ou até ou abafamento do recôncavo. Jorge Amado em seus livros conseguiu expor de forma única a vida simples das pessoas que vivem em centros periféricos. E não deixaria de ser em A Morte e a Morte de Quincas Berro D’água.
Cansado da vida sem sentido que levava com sua mulher e filha, Joaquim Soares da Cunha, renomado funcionário público decide viver livremente e abandona a família. O que tem de especial nesta história é que ela conta as aventuras de Joaquim, já como Berro D’água, no dia de seu velório até a sua segunda morte. Toda a história é contada com humor sem deixar de ter aspectos para a reflexão.
Não era de se esperar que uma obra como essa fosse adaptada para o cinema. Apesar de mementos gloriosos como a parte da segunda morte de Berro D’água, a versão cinematográfica da obra não tem tanto vigor, falta um pouco de sal nas interpretações e de um cômico mais apurado como afirma Carina Toledo no site omelete, “O filme opta pelas piadas fáceis, que não pedem grande esforço de compreensão”. Contudo, vale a pena ver a adaptação da obra de Jorge Amado nem que seja para pensar em quais outras histórias deste autor podem ir para a telona.

Sinopse
Rei dos botecos, bordéis e gafieiras da Bahia, o ex‐funcionário público Quincas Berro d’Água é encontrado morto em sua cama. Inconformados com sua morte, seus melhores amigos “roubam” o corpo e o levam para uma última noite regada a festa e muita bebida. Em meio a mil confusões, Quincas “vive” a sua segunda e definitiva morte, desta vez como sempre sonhou. Baseado na obra de Jorge Amado.
fonte: interfilmes


Trailer

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