sexta-feira, 24 de abril de 2015

Vingadores 2 já nos cinemas

Os fanáticos por adaptações de HQ terão uma ótima opção de diversão esta semana, pois foi lançado ontem o segundo filme dos Vingadores. Desta vez a turma de super-heróis terá que salvar o mundo das ameaças de Ultron (voz de James Spader). Fruto de um projeto malsucedido de Tony Stark (Robert Downey Jr.), o vilão é um robô que deseja destruir a reça humana.

Na tentativa de salvar o mundo o Homem de Ferro, Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) unem-se novamente. No entanto, desta vez os heróis vão contar com ajuda de Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Mercúrio (Aaron Taylor-Johnson) e Visão (Paul Bettany).


Vingadores: A era de Ultron foi dirigido por Joss Whedon, o mesmo diretor do primeiro filme. O filme tem 2 horas e 22 minutos de duração e está passando em diversas salas de cinema.  

Depois desta dica para o fim de semana que tal um cinema depois do trabalho?  

quarta-feira, 12 de março de 2014

Encontro com Milton Santos uma adaptação acadêmica


Poster do documentário
Já falamos aqui de muitos filmes que são baseados, ou adaptados, em romances, jogos e quadrinhos, mas pouco foi dito sobre documentários baseados em obras acadêmicas por isto para inaugurar a seção vamos falar sobre o filme Encontro com Milton Santos: O mundo global visto pelo lado de cá que é um documentário do cineasta Sílvio Tendler, o filme foi lançado em 2002, alguns meses depois da morte do geografo que deu embasamento teórico para a obra cinematográfica.

Com base na obra Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal, o filme se divide em três partes que falam das faces da globalização: O mondo como nos fazem vê, a globalização como fábula; O mundo tal qual ele é, a globalização como perversidade; O mundo como ele pode ser, uma outra globalização.

No primeiro bloco temos um breve histórico sobre a globalização. O trabalho argumenta que a primeira globalização aconteceu no período da expansão marítima e da colonização. Neste período as grandes civilizações europeias conquistaram terras além-mar, exterminaram parte da população local, demarcaram as terras sem levar em conta as diferenças culturais e extraíram as riquezas locais. Assim, a primeira globalização, ou globalização do colonialismo, se caracterizou pela ocupação territorial. A segunda começa no século XX e é marcada pela fragmentação de territórios, onde os países desenvolvidos expandiram suas empresas para vários cantos do mundo e fizeram crer que isto beneficiaria os povos locais pela diminuição da distância entre os países e as maiores possibilidades de acesso a informação.

O consenso de Washington, em 1989, propunha reformas para que países da América Latina crescessem economicamente. Mas os métodos ditados – elevação de impostos, atração de investimento estrangeiro e privatizações – só fizeram acelerar a quebra das empresas nacionais levando a grandes demissões e aumento do número dos desempregados. As empresas internacionais, no entanto, passaram a fragmentar sua linha de produção e criar filiais em diversos países, desta forma estas puderam pagar preços menores aos seus operários, que sem outra opção de emprego acaba por aceitar as más condições de trabalho e o pequeno salário. O único objetivo da globalização desta forma é cada vez mais a busca por maiores lucros sem se importar com o bem-estar dos trabalhadores e desenvolvimento social dos países onde a filial de uma fábrica está instalada.

Na globalização como perversidade podemos observar cada vez mais o aumento do desemprego, da pobreza e diminuição da qualidade de vida. As massas tendem a buscar dia após dia algum emprego, mesmo os que pagam pouco. Nas empresas os salários tendem a baixar, e a fome e desabrigo se generaliza entre a população. Ao mesmo tempo, as fábricas de alimento produzem um número elevado de comida e deixa a questão de que a fome não é um problema de produção, mas sim de distribuição, pois, como diz Santos no filme “não é que não haja alimento, apenas nós decidimos que alguns não podem comer”. Esta fala pode ser muito bem ilustrada por outro filme, Ilha das Flores de Jorge Furtado, o filme mostra, entre outras coisas, a produção de lixo de uma cidade grande e nele podemos perceber que até a decisão de quem vai poder colher restos de lixo orgânico é feita pelo dono do chiqueiro, que abre as portas para a população faminta coletar restos de alimentos dos porcos.

A globalização envolveu de tal maneira os povos na ideia de os países economicamente desenvolvidos são lugares da liberdade, igualdade e possibilidades de riquezas que fez a cada ano milhares de pessoas saiam dos seus países de origem de forma clandestina para tentar a surte no mundo capitalista. Contudo o que estas pessoas encontram são as forças nacionais que armadas procuram, capturam e expulsam os clandestinos.

Um pronunciamento de Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, no entanto chama atenção. Na época que foi produzido o filme, 2001, os brasileiros que entravam no país de forma clandestina não eram bem-vindos. No atual momento econômico internacional em que a crise afeta diversos países, os EUA perceberam que os brasileiros são grandes consumidores e acabaram por abrir as portas para os brasileiros. A pesar de o contexto ser diferente isto mostra que a política globalizante atual visa exclusivamente a busca de lucro e para isto muitas vezes passa por cima das decisões tomadas anteriormente.

A terceira parte do documentário mostra o mundo como ele pode ser, ou o mundo globalizado feito pelas camadas populares. Neste pensamento as massas populares podem se apropriar das possibilidades técnicas da modernidade e construir uma nova visão de mundo, uma visão diferente da mostrada pela grande mídia que normalmente pertencem a conglomerados econômicos e assim tendem a passar ideais destes grupos. Nesta outra globalização os grupos sociais que vivem a margem do sistema capitalista irão se apropriar destes instrumentos técnicos e artísticos, como câmeras filmadoras, internet, música e teatro e irão recontar a história da periferia o que irá tornar conhecida sua visão de mundo criando uma versão dos fatos diferente da mídia tradicional.

Segundo Milton nunca antes tivemos as possibilidades técnicas de construir outro mundo, apenas estas técnicas foram expropriadas por um número pequeno de empresas ou grupos sociais e cabe a nós fazermos destas condições matérias as condições de uma nova política. O pensamento do geógrafo pode ser comparado com o do sociólogo espanhol Manuel Castells. Este diz que é a sociedade “que dá forma à tecnologia de acordo com as necessidades, valores e interesses das pessoas que utilizam as tecnologias” (2006, p. 17). Então cada grupo social apropriados das técnicas irá impor valores diferenciados a estas partir das suas necessidades. Desta forma os indígenas, exemplificado no documentário, ao utilizar as câmeras de vídeo e internet acabaram por ressignificar estas tecnologias criando conteúdos a partir de sua visão de mundo. Para Milton Santos estas apropriações das técnicas pelas massas populares é que tornará possível a outra globalização.

Apesar de concordar que as novas tecnologias criaram oportunidades para que as massas populares mostrassem sua visão de mundo e que possibilitasse, por exemplo, que jovens do Brasil realizassem em 2013 manifestações organizadas pela internet, não acredito que isto sozinho possa modificar a organização econômica atual. Contudo acredito e concordo que o feito hoje por estes grupos acaba por chamar a atenção do poder econômico para a necessidade de transformação.

Por fim, deve-se especificar o documentário com características de modo expositivo que segundo Nichols (2010) é o tipo que agrupa dados do mundo histórico numa estrutura retórico-argumentativa e expõe um ponto de vista. Assim a obra é uma interpretação da vida real e parte do olhar subjetivo dos realizadores. Desta forma o documentário, e as ideias de Santos contidas nesta obra, é apenas uma das várias visões sobre o mundo globalizado podendo existir várias outras que podem complementar ou até mesmo contrariar as ideias contidas no livro de Santos ou no filme.

sábado, 4 de maio de 2013

Dica da Semana: Meu Pé de Laranja Lima


Quem nunca leu quando era criança Meu Pé de Laranja Lima, escrito por José Mauro de Vasconcelos, deveria ler agora. Apesar de ser uma história infantil o livro é marcado por aspectos reais como pobreza, desemprego e violência infantil que emocionam não só as crianças, mas também os adultos. 
Obra teve primeira adaptação em 1970

O romance juvenil foi publicado em 1968. Escrito em 12 dias Meu pé de Laranja Lima bateu recordes de vendagem logo na primeira publicação. Hoje o livro está na 221ª edição, com cerca de meio milhão de exemplares vendidos. A obra não foi sucesso de público somente no Brasil, onde foi adotado pelas escolas, mas conquistou também diversos outros países sendo traduzido para 52 línguas e publicado em 19 países. 

A obra de Vasconcelos alcançou tanto sucesso que em 1970 teve sua primeira adaptação ao cinema. O drama foi dirigido por Aurélio Teixeira e foi na época sucesso de bilheteria. Além do cinema o livro também foi adaptado para TV, com as novelas homônimas exibidas pela Rede Tupi (1970) e Bandeirantes (1980 e 1998).  

Em abril de 2013 foi lançada a segunda adaptação do livro de José Mauro de Vasconcelos. A ideia do filme nasceu em 2004 quando a produtora  Kátia Machado pediu a Marcos Bernstein e Melanie Dimantas que escrevessem o roteiro. 

Para adaptar a obra os roteiristas fizeram algumas modificações na história original e deram um sentido mais atual ao longa. No site Cinema em Casa o diretor Marcos Bernstein informa que se buscava uma dinâmica mais contemporânea  “Ele tem um tempo de situar a história, estabelecer o universo do Zezé, a casa dele, do que ele está tentando escapar, mas acho que ele vai ganhando um ritmo que é um ritmo mais contemporâneo...”. 

Por causa na demora no financiamento de filmes no país o filme Meu Pé de Laranja Lima perdeu a coprodução com a França tendo que reformular o projeto inicial o que fez atrasar o lançamento do longa. Foram dez anos para ser o filme ser adaptado.  

O drama Meu Pé de Laranja Lima foi dirigido por Marcos Bernstein e tem como elenco principal o ator mirim João Guilherme Ávila como Zezé, e José de Abreu como Portuga. O filme foi lançado pela primeira vez no Festival do Rio de 2012. 




quarta-feira, 1 de maio de 2013

Divergente é promessa para os jovens em 2014


Um filme que promete fazer sucesso com os jovens em 2014 será Divergente. Ficção científica dirigido por Neil Burger o romance é baseado no primeiro livro da série de Veronica Roth.

O livro Divergente foi lançado em abril de 2011, mas só chegou no brasil em 2012. O romance tornou-se um  best-seller do The New York Times alcançando o primeiro lugar entre os livros mais vendidos. 

Os direitos foi comprado em pela pela Summit Entertainment por US$ 5,5 milhões. As gravações foram realizadas em Chicago, EUA, onde a trama acontece e previsao é de estreia do filme para março de 2014.


Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.